25 de jun. de 2009

Dois paragrafos de sentimento.

O trepidar do ônibus não o deixava apoiar a cabeça no vidro, seus braços escorrevam do apoio e a carteira gorda no bolso de tras da calça o incomodava. Mas ele não havia reparado nisso ainda, sua mente estava divagando em acontecimentos anteriores, muito anteriores. Acontecimentos romanticos, acontecimentos tristes, acontecimentos com amigos e sem eles.

Pela janela passava um dia ensolarado, com poucas nuvens e campos verdes com animais tão distantes que não era possivel distingui-los.



E foi ai que minha mente parou de funcionar, minha criatividade foi bloqueada. E não era a primeira vez, isso já vem acontecendo a algum tempo. Escrevo um começo, me parece muito bom, promissor, mas então tudo some. Mo somem os motivos, os "porques", os "quandos" e os "ondes".

Sinto as coisas, mas não consigo expressa-las mais. Talvez tudo tenho ficado extremamente simples, que em dois paragrafos elas já se esvaem do peito e da mente levando junto toda vontade de expressa-las em palavras.

Isso não me parece uma coisa boa. Nunca quis ser assim, sempre gostei de tristessas e complicações, problemas enormes e sentimentos intensos, afinal, a vida é feita disso, se tudo fosse simples e maravilhoso, seriamos seres sem o romantismo, o barroco e a tropicalia. Seriamos plantas, ou até menos, seriamos pedras!

Se alguém souber de um lugar que possa me vender criatividade, idéias e sentimentos intensos, por favor me avise. Preciso urgentemente sentir por mais de dois paragrafos.

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